A Garganta da Serpente

Dimythryus

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Estradas

Vias,vias e mais vias
Eu dizia
Quantas eram
Um emaranhado delas
Tantas quantas suportavam as estradas.

Eu dizia, desvias
E novamente noutra via eu me via
Perdido sem saber qual rumo
Sem saber qual via levaria
A estrada que desembocaria em meus sonhos.

Vias de terras
Vias de asfalto
Vias vazias
Tantas vias espremidas na pequena órbita dos óbolos
E só, não as distinguia.

Num sorriso mudo, pensava:
Qual estrada levará ao verdadeiro eu
Como se alguma estrada fosse capaz de nos levar a algum canto
São as pernas que as fazem
As pernas dos sonhos é que são céleres.

Vias, e vias?
Não vias
Quantas estradas se desfiam
Num único segundo
Quantos sonhos se encolhiam num único segundo.


(Dimythryus)


voltar última atualização: 08/03/2011
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