A Garganta da Serpente

Dimythryus

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

BALADA DA SEXTA-FEIRA

Sexta-feira pagode com os amigos
Bundas, pernas, aperitivos
Espalhados, centenas de copos embriagados
Algumas garrafas, metidas a guru
Traçam os mapas de riso e dor.

Fim de expediente
No balcão, pouco acima do gargalo
Os carros apreensivos na janela
Aguardam em ponto morto e muita sede
Na alegria morta dos sorrisos frouxos.

Os relógios acusam pouco mais das seis
As luzes ofuscantes se encavalam
Entre dezenas de postes malabares
Nos becos e estradas enfronhadas
Entre as valas, franzi-se mais uma marionete
                                                           Emborrachada.

A sirena chega afoita e reluzida
A interpelar os estilhaços das garrafas
Sem resposta, a rua se fez muda
As luzes esbranquiçadas, nem piscavam
Enquanto a sirena se partia.

(30/11/2008 - 20h15m)


(Dimythryus)


47035 visitas desde 19/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente