A Garganta da Serpente

Dimythryus

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A Morte de Narciso

Sinto-me só
Mas não estou só
Ao meu lado a uma imagem
Que não se parece comigo
No centro do espelho
Pousa outra imagem
Que caminha junto a mim.

Esse reflexo me quer
Mas não me reconhece por completo
Sinto-me só
Todavia não é só um instante
São todas as horas
Todas as partes clausuradas distorcidas.

Vivo na casa de minha mãe
Possuo mais de 1000 livros
Que me sufocam
Criando um mundo que me espreme.

O corpo me comprime
O peito arfa
A cabeça dói
O som do silêncio me perturba.

Sinto-me só
Ao meu lado a imagem
No centro outra imagem
E mesmo assim
Me sinto só.

(12/12/2010 - 21h45m)


(Dimythryus)


voltar última atualização: 08/03/2011
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