Covardia
Queria as asas do morcego ou do pardal,
As patas da pantera, os cascos do corcel,
Ser a espuma do Mar, a nuvem do Céu
E a coragem de deitar sobre um punhal!.
Fugir do grito, do urro, do tédio infernal,
Recosturar o rasgo do antigo véu,
Apagar da história o acre deste fel
Que se fez da vontade de quer meu mal.
E não há para onde ir neste abismo,
Poderei me entregar ao conformismo
Ter medo de enfrentar dia após dia
Esconder-me atrás de minha máscara
Pois nada, enfim, aqui se compara
À grande ilusão: humana covardia...
(D.M.Malkavian)
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