A Garganta da Serpente

Eda Carneiro da Rocha

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Felicidade Virtual

Ah! Felicidade Virtual,
Como me enganas!
Como nos enganamos,
Amando muitas vezes um ser irreal que é real.
Precisamos vê-lo, senti-lo e amá-lo!
O imaginamos o amor que não tivemos,
a eterna busca dentro de nós...
E essa telinha que não nos dá Paz!

E começamos a sentir a dor da separação,
a cada dia em que não nos falamos.
O que houve? Nem um e-mail?
Terá me esquecido?
São tantos os e-mails recebidos...
Por que seria eu diferente?
Mas eu teimo em ser diferente e a insistir
em amar o real- irreal.
É um sofrimento só
imaginar essa mão que não seguramos,
esses olhos que não fitamos, essa boca que não beijamos!
E, de manhã, começa mais um dia da nossa felicidade- infelicidade
Volta à telinha, esperando um afago
e nem um e-mail para matar a dor da minha saudade.
Juro que não mais me apaixonarei
nesta telinha.
Não mais imaginarei como és, mesmo sendo o que queria que fosses,
Prometo pela Virgem Maria
Que não amo mais o virtual.
Quero um amor real na vida
para senti-lo e amá-lo
na minha solidão.
Poeta, eu o sou e o serei,
mas não quero mais esse Amor Virtual!


(Eda Carneiro da Rocha)


voltar última atualização: 14/09/2004
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