A Garganta da Serpente
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O SONO BRANCO DA LUA

Do sono branco a lua acorda
de tanto labor eu desmaio
e vou ter amor noutros mundos
com o medo de não voltar
medo vizinho do desejo
Eu eterno e infinito
por certo erro à vontade
amando sem direção
brinco de simples viver
passando anel entre as mãos
mãos, mãos em fila a rezar
por um sonho com abraço
e mais um beijo na boca
enquanto eu morro nos mares
do desejo de me olhares
com teus lampejos de mel
Prata da lua no céu
Sono branco vai chegar
Aaah... Fenômenos oníricos
Ouro do sol a brilhar
De repente vagarinho
o sono branco da lua
vai me acordando mansinho
sonho de não acordar
e lembra-me a amada amiga
não morri... foi sem querer!
Tonto ainda dou-te um beijo
na face e quero morrer
afogado no teu mel
mas teimas em não me olhar
Por fim só o clarão branco
do sono da lua lava-me
da tua imagem mulher
desperta minh'alma vida
louca sem rosto sem boca
nem céu nem beijo nem mel
abro a janela à pincel
ouço o sabiá cantar
e sinto o gosto do sexo
se espalhando pelo céu
em nuvens a se casar...
Lembrança daquela palavra
A pena tremendo o papel
amplexo - amplexo - amplexo
por que não favo de mel
ou melhor um simples abraço
que dá para o amor mais o nexo
de amigo com nervos de aço
E sigo sim vale a pena
sem pena de mim perplexo
por não dar fim ao desejo
de abraço com beijo e sexo,
parto para mais um dia:
o burburinho da rua...
o sono branco da lua:
dia, dia, dia. Dia. Ver mais
DH-DesenvolvHumano


(Edison Cazallas)


voltar última atualização: 19/05/2017
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