A Garganta da Serpente

Edmar Penalva

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Anticrotálico

As idéias fluem continuamente então as dou vazão
Para que não sequem, para que não caiam na podridão
O meu vício se estende quando o ócio me convém
O dia inteiro é como um óbito se nada entretêm
Posso ver mais distante mas poucos acreditam
São cegos como morcegos e os egos debilitam

Olhos oblíquos sempre a buscar
Uma fenda ou erro, para que possam se apoiar
Num platonismo atônito encravam seus dentes
Sugam o que podem, são irônicos como só
Dançando e cantando dizeres que não são seus
Vida aos que vivem, morte aos plebeus!
Fucem como cães que são, doentes pela carniça
Em cada verso em cada rima, há um pouco do que se sabe
Não há fantasia que não pereça com mínima dose de realidade.


(Edmar Penalva)


voltar última atualização: 25/07/2004
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