A Garganta da Serpente

Edney Santana

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Não, no momento não.

Doeu o seu adeus, quando disse que não mais me amava...
E não pude acreditar, relutei em ter que aceitar...
Tentei ser forte e suportar, nó na garganta, olhos lacrimejados...
Parti levando o amor que sentia, ferido pela rejeição...

Acostumado a caminhar junto, jurei aprender a andar sozinho...
Ilusão ou algo assim, seu cheiro, seu gosto estava vivo em mim...
Sonhos, juras de amor, nó na garganta....
E uma única pergunta por que não me deixas te fazer feliz?

Sucumbindo pela sua ausência, este amor insiste, persiste, vive...
Tento sufocá-lo, luto, mas ele é mais forte...
Me traio pensando em você, vacilo e me pego recordando...
Não, não quero, não posso, mas a lagrima rola a face...

Órfão de uma paixão, saio a procura da vida...
Acabo voltando ao meu encontro, só estou...
Como um drogado tentando sair do vício...
Vou vivendo cada dia na esperança de nunca fraquejar...

O desejo proibido insiste em querer gritar, explodir...
Me repreendo, sofro e choro, insisto e persisto....
Sensibilidade masculina exposta, coração retalhado...
E a mais doidas das vontades, não mais te amar.

(Jun/2003)


(Edney Santana)


voltar última atualização: 30/06/2003
6173 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente