A Garganta da Serpente

Edney Santana

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Em segredos de meu delírio.

Trago você novamente ao meu encontro, minha dama,
Em pensamentos eróticos me refúgio ao leito onde quero te possuir.
Tudo se faz da forma que eu imagino, em desejos sua voz me clama.
Idealizo cada peça sensual sua, te dispo com a vontade de nos unir.

Esse modo de fazer amor é tarado, perverso, repreendido, mas por mim amado,
Escondido do mundo, e de todos, e a forma de sentir a complexidade do eu.
Não procuro revistas, filmes, ou outro objeto de libidinagem consumado,
Para me enfeitiçar, gozar, busco detalhes de sensualidade, somente seu.

Ouço frases, sussurros e gemidos, palavras que nunca me dirá, talvez,
Nossos corpos nu, pele e pelo, nu encontro o meu sexo, preparado para tal ato enfim.
Seios, curvas, pernas, pelos, ah! seu sexo como quero, como é linda sua nudez,
O corpo esquenta, o calor aumenta, nem quero saber se não está afim.

Te possuo sem regra e tal, faço com você todas as formas possíveis de prazer,
Em meus desejos você nunca diz não, agora sou eu o único nesta forma de fazer amor.
Minha mão domina o membro, seu sexo da o encaixe melhor que poderia ter,
A excitação aumenta, o gozo se aproxima, movimentos ritmos acelerados ao sabor.

Agora meus gemidos já não são imagináveis, a respiração é ofegante, suor no rosto,
Sacanagem enfim, o membro assim exposto a uma mão árdua, sexo banal.
Vejo o gozo saltar de meu sexo, parte escorrer pelos meus dedos, Ah! que gostoso,
Que loucura, mistura com satisfação parcial, essa forma de prazer individual.

Úmidos os dedos, frio já é o líquido, em segundos seu corpo foge do meu pensamento,
Na cama que te possui já não te tenho, vestígio em mim, de um sexo que não fiz.
A solidão recorre ao meio leito, onde só, vejo o sexo desfalecer sem contentamento,
Repouso em silêncio, imaginado um dia ser tornar realidade este desejo aturado, eu te quis.


(Edney Santana)


voltar última atualização: 30/06/2003
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