Agora
Corta-se a carne
Sem navalha
Valha-me deus
Se sagradas às palavras
De absolvição dada
Do silencio ao ócio
Da improdutiva mente
Repleta de prazeres mundanos.
Corta-se a carne
Absolvendo-se pecados
Em sangria que alivia
Pressão do dia -dia
Mata-se o silencio
Branco do papel
Com sangue grosso, macilento
Alento de vida a gotejar
Morte precoce
A qualquer hora
Que se queira povoar
A largueza do olhar vago
Nas lacunas de pele rompida
A espera de socorro
Que não vem
E é hora qualquer
agora
(Elainemalmal)
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