A Garganta da Serpente

Eleandro Duarte

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AS ESTRELAS E O NOSSO AMOR

Esta é mais uma das noites
frias de inverno.
Lá fora, o vento toca nas árvores,
anunciando outra geada.
E eu sozinho aqui,
tão longe da minha amada.

Em um canto do meu quarto,
um pouco antes de dormir,
procuro ver em seu retrato
um bom motivo pra sorrir.

Mas não há motivo pra alegria,
não há porque ficar contente.
Por maior que seja meu esforço,
a distância está presente.

Pela janela do meu quarto,
vejo o clima da desilusão.
Me identifico claramente
com o vazio da escuridão.

De repente,
em meio àquelas nuvens carregadas,
abriu-se um clarão.
E nele, uma enorme estrela apareceu,
iluminando minha janela,
e a foto que você me deu.

Foi então que eu aprendi uma lição:
mesmo que a gente não veja,
e por mais longe que a distância for,
podemos ter a certeza que
sempre estarão lá,
as estrelas e o nosso amor.


(Eleandro Duarte)


voltar última atualização: 09/06/2003
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