TREVAS
Não há como negar...
Meu lado dark, obscuro.
Hoje, não mais o nego.
Convivo com ele.
Minhas trevas de onde emergem a luxúria, o pecado,
a sensação de poder e liberdade.
Mergulho nelas.
Me permito ser só instinto,
Primitivo, animal e ensandecido.
Encontro carnal e passional.
Corpos que se fundem em frenesi.
Sou fêmea sedenta que arde pelo seu macho.
Tesão, desejo, prazer...
Fumar, cheirar?
Se drogar pra quê?
Já tenho a minha própria droga.
Droga que me embriaga,
Que me toma,
Que me deixa em transe.
Vertigem...
Energia poderosa,
Que sai de dentro de minhas entranhas,
Que explode e me une ao Cosmos,
A cada gozo, a cada orgasmo.
Toco as estrelas, saio de mim, me uno aos deuses
E retorno refeita.
Das minhas trevas,
Emerge a minha força.
Nela me renovo.
Encontro com o amor em todas as suas formas.
O amor pelo homem,
O amor pelo filho,
E o amor ao próximo.
O sagrado e o profano...
Contraditório?!
_ Há, há, há !
Mas quem disse que eu quero ser coerente?!
(Eliana Keiko Yamamoto)
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