A Garganta da Serpente

Eliane Alves de Souza

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Como o vento

O tempo passou.
Marcou tua pele.
As expectativas sumiram do teu olhar.
Fez-te andar mais devagar.

O tempo passou.
Tuas mãos, agora, tremem.
A arrogância também sumiu do teu olhar.
Em seu lugar, está um ar de resignação.

O tempo passou.
Mas não apagou, em você, algo que me prende.
Não sei o nome desse algo.
Sei que é poderoso e não mente.

O que será mais poderoso do que o tempo?
Algo que não passa com ele.
Algo como o vento.
Sem origem.
Sem destino.
Sem explicação.
E que ainda vai permanecer por muito tempo.


(Eliane Alves de Souza)


voltar última atualização: 10/07/2009
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