A Garganta da Serpente

Eliane Gonçalves

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Quando a alma chora

No meio de uma noite sombria
Entre a negritude e a solidão
Cenário propício de um sonhador
Mora a esperança

Entre raios e luzes
Surge um som imperceptível
Envolto na fantasia do amor
Quase não é percebido
Mas lá está ele presente

Um som sem musicalidade
Paralisante e frio
Fazendo um eco surdo
No vazio de um ser

De repente
Como ondas do oceano
Rompe a barreira do silêncio
Surge como efeito cristalino

Nesse exato momento
Sem palavras ou gestos
Você percebe a essência da dor
Quando a alma chora...

Então você busca forças
Em algum lugar do passado
Presente em sua vida
Pra curar essa ferida

Percebe que choro é sinal
De que você sobreviveu
E precisa recomeçar
Sem ter medo de amar

Nessa hora você
Vê que a noite sombria
Está indo embora
Pra surgir um novo amanhecer


(Eliane Gonçalves)


voltar última atualização: 03/11/2008
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