A Garganta da Serpente

Eliane Gonçalves

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Fera

Quem és tu
Que deslisa em minh'alma
Entra sem pedir licença
Com tal propriedade e conhecimento

Predador de mim
Que me faz delirar
Em suas fantasias
De seu secreto diário nativo

Ter-te é navegar numa selva
Sem preceito ou conceito
Conceber o real valor
Da palavra amor

Aconchega-me com jeito de fera
me arranha e me deixa manhosa
Como uma presa ou gata no cio
sempre nas lindas noites de luar

Se te instiga o motivo
De sempre pro céu olhar
Não existe nenhum segredo
Somente uma simples razão

Na penumbra da mata, da vida
Que avistei o teu rosto
Trazendo o céu até mim
Em inato pacto de amor

Meu animal preferido.
Como caça ou caçadora,
Aguardarei um novo e brilhoso dia
Apenas, a calma da sua brancura...


(Eliane Gonçalves)


voltar última atualização: 03/11/2008
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