A Garganta da Serpente

Eliane Gonçalves

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Onde andará o meu amor

De um sonho que não existe
De um desejo preso em meu peito
Deveras, de um sentimento adormecido
Na forma de heresia

Onde andará meu sonho
De menina recatada
Dos beijos escondidos nas noites enluaradas
Das madrugadas perfumadas e prateadas

Onde andará aquele menino de olhos penetrantes
Que me invadia mesmo por instantes
Como as marés das enchentes
Sumia nas silenciosas vazantes

Do que procuro pelas ruas e avenidas
Para acalmar de certo
Esse meu coração inquieto
Tal uma mãe no ninho

Hoje, sem meu juvenil
Nas curvas desse corpo da mulher madura que sou
Isso sim, o tempo não apagou
E nem roubou

Acreditei, sonhei, arrisquei
Numa vaga esperança levemente contida
Fiquei atrevida e desejei para esse amor
Em toda a sua altivez
...
Ser uma loba que amará uma única vez...


(Eliane Gonçalves)


voltar última atualização: 03/11/2008
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