A Garganta da Serpente

Elisandro Do Canto

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CAROLINA

Nívea pele
Que o luar clareia
Fulgor de uma paixão
Formosa,
Que as tuas faces incendeia
E os lábios rubros
De botão de rosa.
Corpo esguio
Lume serenado
Desnudo em enleio
Estremece abrasado
Por lábios que o orvalham
Como brisa do pescoço
Ao seio...

Desejo insano
Noite enluarada

Em que minha alma leve
Entregou-se a esse tirano
Sorriso teu de beleza inusitada
Como fogo a queimar campo de neve

Cada toque de mãos em tua carne
Cada suspiro de sim em teu ouvido
É uma gota de prazer que arde,
Sobre os altares de cupido!!!

Levarei
Para toda eternidade,
No fundo
Do meu peito enternecido
Como um brasão
Em mármore esculpido
Nos umbrais da minha saudade:

Do teu caráter a grandeza que me prende
Do teu espírito a inclitude que me julga
Dos teus lábios o calor que me condena

(Junho/2003)


(Elisandro Do Canto)


voltar última atualização: 26/05/2007
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