A Garganta da Serpente

Elisandro Do Canto

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Soneto da Mulher em Fevereiro

Era uma tocha acesa em cor de rosa
Que no rosado da pele alva exalava
Um perfume de excitação e de paixão airosa
Que meu olfato queimava como a lava

Dos tímidos vulcões insatisfeitos.
E que não contente em me endoidecer
Mirava os meus olhos com seus peitos,
Como um convite para neles me esconder.

Mas era tão linda a rubra boca portentosa
Que minha alma e carne não podiam escolher:
Se, se atiravam em teus lábios pra colher

Esse botão carnoso de avermelhada rosa,
Ou caiam em teus seios a fim de morrer
De amor, na luta com duas serras generosas.

(Bar do Pingo, 17 de Fevereiro de 2006)


(Elisandro Do Canto)


voltar última atualização: 26/05/2007
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