A Garganta da Serpente

Elisandro Do Canto

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Soneto de Lamentação

sse corpo nu na relva em esparramo
enche a alma de feroz espanto...
Desejá-lo muito sabendo que não amo
só aumenta o engodo e o desencanto

dos versos frios com que te visto
a carne arrepiada nas manhãs. Ao Luar
pede-me Amor, simples... eu despisto
preenchendo com rodeios seu lugar.

É amarga é dolorosa, digo e repito
tão doce e saborosa sobremesa,
para quem já não a pode provar...

Saciar esse amor que me é dito
por lábios de inusitada beleza
aos meus, em que o verbo foi proscrito!!!

(10/2/2006)


(Elisandro Do Canto)


voltar última atualização: 26/05/2007
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