A Garganta da Serpente

Elizabeth Barrett Browning

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SONETOS PORTUGUESES XXVIII

As minhas cartas! Todas elas frio,
Mudo e morto papel! No entanto agora
Lendo-as, entre as mãos trêmulas o fio
da vida eis que retomo hora por hora.

Nesta queria ver-me - era no estio -
Como amiga a seu lado... Nesta implora
Vir e as mãos me tomar... Tão simples! Li-o
E chorei. Nesta diz quanto me adora.

Nesta confiou: sou teu, e empalidece
A tinta no papel, tanto o apertara
Ao meu peito que todo inda estremece!

Mas uma... Ó meu amor, o que me disse
Não digo. Que bem mal me aproveitara,
Se o o que então me disseste eu repetisse...

(tradução: Manuel Bandeira)


(Elizabeth Barrett Browning)


voltar última atualização: 06/12/2005
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