A Garganta da Serpente

Elizabeth Barrett Browning

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SONETOS PORTUGUESES XIV

Ama-me pelo amor do amor somente.
Não digas nunca: "Amo o sorriso dela,
Seu rosto, ou o jeito de dizer aquela
Palavra murmurada de repente

Que faz meu pensamento confidente
Do seu, e torna a tarde ainda mais bela".
Tudo pode mudar, meu bem, cautela,
Pois pode ser que o amor de nós se ausente.

Tampouco sirva o amor que assim me dás
Pra enxugar-te o pranto por piedade:
Quem prova teu consolo é bem capaz

De, sem chorar, perder-te por vaidade.
Mas se amas por amor, conseguirás
Amar sem fim, por toda a eternidade

(tradução: Sérgio Duarte)


(Elizabeth Barrett Browning)


voltar última atualização: 06/12/2005
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