DUALIDADE
A poesia,
no assombro da noite,
esfacelou-se.
Há a que se expõe
nas palavras, linhas
e metáforas
na distância das horas.
Há a que se esconde,
sob o pulso
que a(r)dia
sonho, prazer
e fantasia.
Uma anoitece,
sem forças em conter-se,
para a outra conseguir
subviver.
(Elizabeth Caldeira Brito)
|