FACA NA ÁGUA
Manhã em cascalhos luminosos
invade sonolência do verbo
aturdida palavra incompleta
limite da razão.
Nas escadarias da lucidez
cicatriz exposta
retalhos de sons
notícias fragmentadas
retratos no torvelinho da memória.
Oceano transparente da poesia
amor acéfalo
minha face nua
minha sede crua
no arquivo das cores.
(Elson Alegretti Rodrigues )
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