A Garganta da Serpente

Emiriene Costa

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Pedregulho

Caminha descalço aquele menino pelos montes.
É a primeira vez que seu andar galga caminhos irrisórios,
teu balançar percorre pelas pedras íngremes e teu pensamento perpassa todo o arvoredo.
Inútil foi um dia desacreditar na existência do caminho e paralisar-se,
a fim de que a vida corroesse suas possíveis utopias.

Corre menino sobre mim e alcança o que em ti sempre buscou.
Corre! entre esse espaço irrisível e atire a pedra que possui dentre os dedos.
Tece então o teu sorriso, pois pertences às estrelas e de tudo o que almejas,
a tua mão será essência para apalpar teus medos.

Saltas com a leveza daqueles que vêm o sol e debruça na janela
para estampar dos lábios: encantos.
saltas com a mesma sintonia daqueles que tem música aos pés e então terás na alma a poesia de existir,
infinito e transparente.

Corres porque em ti habita meu coração humano
e quase cansado de tanto esperar...
Corres mais não te enrijeces
porque em mim escondes algo que pulsa, mas que é oculto.


Emiriene Costa


voltar última atualização: 09/04/2007
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