A Garganta da Serpente

Enzo Carlo Barrocco

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DEIXEMOS QUE VENHA O AMANHECER

Um sopro leve,
um sopro de luz, dia acabado;
se há um verso para ser escrito
deixo que ele nasça
somente quando eu possa amanhecer.

E nesta madrugada
não precisarei pastorar as estrelas,
nem as flores,
pois a liberdade não pode ser ameaçada.

Não estou sozinho,
outras almas vagam pelos cômodos.
É simples
o que tenho a lhes dizer,
mas agora, não! Deixemos que venha o amanhecer.


(Enzo Carlo Barrocco)


voltar última atualização: 14/07/2005
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