A Garganta da Serpente

E. Prearo

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Nu

Profetizei na juventude o quê?
Nem sempre ela é mais bela do que as flores,
Virou-me o queixo e ainda agora vê,
A lágrima correndo, meus horrores.

Estrelas deslizavam pelo espaço,
Chamando-me pra vê-las, não sei como,
Longe do amor neste momento passo,
E ao meu redor há um batalhão de gnomos.

Atrás de mim um espião gigante,
Atrás da lua Gabriel e Lúcifer,
E nesta vida nem sinal da amante.

Digam-me o que fazer, estou perdido,
Estou nu na avenida abandonada,
Sem viva alma, sem carros, sem latido.


(E. Prearo)


voltar última atualização: 06/10/2008
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