A Garganta da Serpente

Fabio Sorcier

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SONETO DE DESTRUIÇÃO

Um fogo devastador lavra n'alma
E ardente nas entranhas s'instala
O delírio da febre o coração abala
Desatina a boca, recita sem calma

A mente ferve a ponto de trauma
Da vida louca resta profunda vala
Linda flor que morre murcha palma
A boca antes falante hoje se cala

Tudo que se viu belo, agora é ruína
O sentimento cruel, pungente destrói
Sem exceção, pois de todos é sina!

A decepção amargura sem cessar
Sequer o esquecimento pode apagar
O que essa vil gangrena corrói.

(06 de fevereiro de 2003)

(Fabio Sorcier)


voltar última atualização: 26/03/2009
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