A Garganta da Serpente

Felipe Saratt

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

VOZ DA CORAGEM

A voz da ferrugem
Feria o vicio.
Usava o pomar dos prazeres
Na colheita da carne.

Surgia o cinza dos céus
Ceifando violinos
Na melodia dos sapatos.
Era ser incompleto
Eivando de brasa
O abraço do abismo.

Resistia ao temporal das feridas
Com a argúcia das ruínas.
Sentia o muro dos mares
Derrubando dores
Que são seivas de sonho.

Curtia a consecução dos medos
Flamejando as silhuetas
E as sombras em beijos;
Assolando a carpintaria dos corpos.
Assinava com sangue
Os papeis do sentir.

E assim o fogo dos frutos
Molhava o miolo
De meu coração inconcluso.


(Felipe Saratt)


voltar última atualização: 18/01/2008
4690 visitas desde 18/01/2008

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente