LICOR AMARGO
Se no meu peito existe a chama ardente,
Não é pelo calor que em mim despertas,
Mas sei do que és capaz e lanço alertas,
Por já te conhecer sobejamente!
Tu sabes como foste inconsciente,
As voltas que já deste e não acertas,
Agora que não tens portas abertas,
Voltaste desprezada e tão carente!
Bebeste do licor que desejaste,
O teu corpo de ninfa utilizaste,
Tal qual como a negaça faz à presa.
Mas olha à tua volta o que fizeste,
O calor do meu lume arrefeceste,
E a chama junto a ti não fica acesa!!!
(20/2/2003)
(Fernando dos Santos)
|