A Garganta da Serpente

Flaferb

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UM NOVO DESPERTAR

Um relâmpago ofuscante em meus olhos
Rasga o véu etéreo,
No limiar...
Acordei finalmente.

Tenho caminhado por trilhas tortuosas
Gastando meu tempo em devaneios
Muitos sem sentido,
Muitos sem saída.
Confundindo a vida que eu costumava viver.
Depois que algo mudou, um dia
E isso porque você me mudou, um pouco.

Lá fora a tarde morre lentamente
E a noite invade meu quarto, muito rápido
Capto a memória das montanhas próximas
Me sussurram para eu lembrar de algo misterioso
Que ficou lá em cima... na floresta fechada.
Naquela água tenra, divinatória
Que absorve a luz distante das estrelas...
Ilusões, enganos, riscos demais...
Sonhos possíveis e impossíveis.

Água da qual bebi, quando tive sede...
Misturou seu poder mágico com meu sangue
Revelando como num oráculo
Tudo que é falso, tudo que é verdadeiro
Dentro e fora de mim.

Por isso, agora estou desperto
Com o brilho azulado de uma nova manhã
Com a claridade de um novo dia.
Acordei de um sono profundo
Acordei de um pesadelo
Que ocultava-se de mim,
Todo esse tempo,
Disfarçado em suave sonho...

Enquanto dormia,
Tudo parecia uma doce loucura,
Tudo surgia como nova liberdade
Um novo e desconhecido caminho...
Momentos que pareciam definitivos...
Tudo é possível em um sonho!

Mas uma fresca manhã surgiu
Pelas janelas da vida.
E tem sido lindo olhar os campos verdes
Lavados pela chuva da longa noite que passou.
Tudo foi consagrado pelas águas...
Tudo foi levado para longe...
É bem melhor acordar.


(Flaferb)


voltar última atualização: 13/03/2003
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