A Garganta da Serpente

Flávio D' Évora

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Eu peço ajuda
E a voz fica rouca
Eu olho pro lado
E a solidão é o fato
Fato que no infinito segue
Fato que na vista se diverte
(Não, não, não...)
Se o fato perder o rumo
E eu perder o sossego
(Esquece!)
Que quando da aurora
Quando à minha volta
Ao invés do teu corpo
Tenho sempre o abraço vazio

Eu me farto do ocaso
E o corpo pede descanso
Eu volto pra casa
E a preguiça me assalta
Me assalta com um grito medonho
Me assalta no repeteco de um verbo
(Não, não, não...)
Se a preguiça morgasse na mordaça
E eu aceitasse a alegria
(Esquece!)
Que quando da aurora
Quando à minha volta
Em vez do teu amor
Tenho sempre o meu apelo


(Flávio D' Évora)


voltar última atualização: 28/06/2004
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