A Garganta da Serpente

Francisco Dellanno

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

A jararaca e o invasor

A jararaca com fome
Foi atrás do seu menu
Provavelmente um pequeno roedor
Um rato! Quem sabe!
De repente um susto
Uma paulada ao seu lado
Por pouco não pega em cheio
A sua espinha
Irada ficou
Ora veja só!
Um invasor
No meu habitat natural
Querendo me matar
Defendi-me como pude
Mas aquele ser de duas pernas
Carregando sobre os ombros
Pássaros, uma lebre, um macaco-prego
Todos assassinados
Escapei por pouco
Por entre os galhos da mata
Pena que não consegui
Beijar-lhe com minhas presas
Sua canela suja e mal cheirosa
Ainda por cima com um cigarro na boca
Com este calor
Um incêndio seria fatal
Um crime bárbaro
Contra a natureza
Causando enormes prejuízos
Ao equilíbrio ecológico
Matando seres indefesos
Donos da terra por séculos
Quando não queima
Desmatam sem pudor
Fazendo daquele Santuário Ecológico
Um grande pasto
Depois queixam-se das mudanças
Climáticas no planeta
Afinal! Sou apenas uma cobra
Em minha própria casa
Tenho mais direito e respeito
Mas deixa estar
Um dia milhares de ratos
Hão de devora-lhes as entranhas
Por favor não destrói a natureza
Sem ela a vida neste planeta
Corre perigo


(Francisco Dellanno)


voltar última atualização: 19/01/2011
12055 visitas desde 10/07/2009
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente