Viagem Fantástica ao País dos Sentidos
Como em árvore ferida
O suor brotando como seiva.
Como seiva, o sangue agitar
Nas veias.
O destilar da seiva da vida, em tuas entranhas.
Suores, odores e perfumes
Misturando-se (unos) no duo
Reinventando mágicas poções de amor
No mágico balouçar de teus quadris.
Daí, adormecer. A paz distante
Embalado no canto destoante
Do Cisne Negro em êxtase.
Cavalgar teu seio ardente.
Ouvir, no teu gozo, o canto da sereia
Em naufragar voluntário no mar revolto
De tuas coxas.
Calar, num beijo, a explosão
Do choro.
Reprimir, sob o peso de meu corpo
Teu vulcão ativo de entrar em erupção.
Cravar meus dentes em teu pescoço
E como um vampiro
Sugar teu suor; até, saciado,
Despencar dos montes íngremes de teus seios
Sem morrer na queda.
Apenas adormecer ao teu lado e sonhar contigo
Um sonho bom,
Em que percorra, incólume, a estrada dos tijolos amarelos
Para no fim da jornada
Entrar triunfante em teu coração
E dele, tornar-me senhor absoluto.
(Francisco Petrônio Ferreira de Oliveira)
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