A Garganta da Serpente

Francisco Petrônio Ferreira de Oliveira

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Tuas palavras
Em meus ouvidos:
A carícia de tua voz.
Minha alma sedenta
Bebe
No acalanto de suave som
Que soa em acordes dissonantes,
... Ora em falsete.
Tua boca em minha boca:
A doçura do néctar.
Meu corpo faminto se sacia
Na procela do desejo.
Arde em chamas
Inflamado em gelo
... Ora em fogo de vulcão, rio de lava.
Incandescente!
Teu sorriso
Em meu viver:
Favo de mel.
E a criança anciã, em mim,
Brinca de amar
No cair das folhas do tempo
Que veloz como o raio
... Ora monótono como a vida.
Tua distância
Em meu caminho:
Descaminho de se perder.
O poeta andarilho
Precipita-se
Nas curvas tortuosas
Do vazio.
Negro, solitário e sombrio...

Apenas, vazio...


(Francisco Petrônio Ferreira de Oliveira)


voltar última atualização: 24/07/2009
8332 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente