A Garganta da Serpente

Gabriele Pepe

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

ADDENSATA FOSCHIA

Addensata foschia sul ciglio dove
Follia ci sfiora appena con il suo
Petulante punzecchiar di mosca
Sul prato scosso lalluce affondo
Calpesto lerba senza contegno
Trapasso il rombo del mio motore
Come la terra che non sadatta
A lische verdi di protocoscienza

Tangibili versetti psicotici
Frustano le circonvoluzioni
Finché a goccia a goccia stalattiti
E stalagmiti sinnalzano di valium
La metrica cattedrale duttile
Le psico-allucinazioni liriche
Di ceppo claudicante tallona
Al sistema limbico bullona

Amebe infusori parameci
Del semema brodo primordiale
Sguazzano in un tubo filante
Di china strafottente e replicano
Il tortuoso codice capreolo
A versatili kytos militanti
Pezzi della riscossa spudorata
Che nel prozac adescano le muse

Sdrucite strofe saprono come
Sanscrite pieghe di tantra mantra
Mozzate lingue di salamandra
Sanno di salsa inviperita
Sono le zampe della gallina
Nel dromo si scavano la fossa
Come le ossa di Montezuma
Panciute rodono la trave mia

Veloce treno delle sinapsi
Si riaffaccia lalba del dolore
Vetri brillano di fritto e bruma
Parole che oltre questa porta
Puzzano di festa trifolata
Salsicce e penne allarrabbiata
Sprovvisto del gesto risoluto
Maddomestico tra queste teste.


(Gabriele Pepe)

 

 

DENSA BRUMA

Densa bruma na borda onde
Loucura nos roça apenas com seu
Petulante picar de mosca
Na relva removida o hálux afundo
Piso na grama sem pudor
Trespasso o ruído do meu motor
Como a terra que não se adapta
A fiapos verdes de protoconsciência

Tangíveis versículos psicóticos
Chicoteiam as circunvoluções
Até que gota a gota estalactites
E estalagmites se elevam de valium
A métrica catedral dúctil
As psico-alucinações líricas
de cepa claudicante encalça
Ao sistema límbico parafusa

Amebas infusórios paramécios
Do semema calda primordial
Agitam-se num tubo filante
De nanquim arrogante e replicam
O tortuoso código cabrito
A versáteis kytos militantes
Peças da virada despudorada
Que no prozac aliciam as musas

Rasgadas estrofes abrem-se como
Sânscritas dobras de tantra mantra
Partidas línguas de salamandras
Sabem a molho aviborado
São patas de galinha
No dromo cavam-se a fossa
Como os ossos de Montezuma
Barrigudas roem a minha viga

Veloz trem das sinapses
Debruça-se a alvorada da dor
Vidros brilham de fritura e bruma
Palavras que além desta porta
Fedem a festa trufada
Lingüiças e penas à enraivecida
Desprovido do gesto decidido
Amanso-me entre estas cabeças

(tradução: Giuseppe Butera)

voltar última atualização: 08/07/2000
3706 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente