TABULEIRO

Mais vendido sobre a mesa. Mais ousados sobre a cama.
Sexo pecaminoso... Sexo libertador... Sexo com e sem pudor.
Pratas e amor... Cada um com um preço,
Variando de acordo com seu próprio valor.
Libertando feras... Aprisionando consciência... Matando abstinências.
Prantos morais... Saudades...
Nada sei desta vida e fico cada vez mais sem saber.
Amor verdadeiro e dinossauros... Extintos da história.
Sentimentos bombardeados levando-me para outros clitóris ouriçados.
Não tenho motivos para abrir Champanhe... Embriago com sexos...
E a consciência insiste em dizer que:
Irei pagar um preço caro por minhas atitudes libertinas.
Lenon insiste em perguntar: " - Então é natal... O que você fez?"
Abro o jogo e conto que a Yoko se fez de difícil no começo do ano,
Mas agora, comigo já sente prazeres de olhos bem abertos...
No tabuleiro chamado vida, constantemente temos de mexer pedras
Que nem sempre nos colocam com sensações de vitórias.
Prazeres sexuais... Prazeres mentais...
Prazer eu teria agora se ao menos tivesse o lençol que dormiu na sua lua-de-mel... Sentiria tua adrenalina, tua fome de sexo, a falsa ilusão que o amor nunca tem fim.
Sou virgem de boca...
Converso com Eros... E ele confessa que sua companheira quer saber o que é orgasmo...
Digo que enquanto ele transar passivamente
Esquecendo do carinho e do amor, nenhum desempenho a levará ao clímax.
Não sei se posso falar de sexo e prazer.
Minha overdose de prazer está na cama com outro...
Pulo os muros, quebro as grades, uso asas de outros anjos...
Porém, permaneço preso, gozando com você.
Faço chover meus desejos sobre ti e você transborda em frieza e indiferença.
As chamas dos meus desejos ainda brilham mais que o sol.
Confessei ao padre os pecados da carne
Desejando que uma "pura" ardesse em desejos de se sujar comigo.
Penitência: sexo vigiado pelo caráter, pudor controlado e prazer mantido em silêncio.
Colocarei bombas no corpo... Ligarei pro Bin...
Avisarei as virgens no céu e acabarei comigo.
Ai, como eu sonho... Virgens não estão no céu.
Foram todas pro inferno por não terem a mim se entregado.

(Georgino Rodrigues Filho)