A Garganta da Serpente

Gilberto Felinto

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

GOTAS DE SILÊNCIO

Tem horas que o silêncio
Quase se derrama.
Escorre pelos cantos do grito.
Cabe no peso salobérrimo da lágrima
E oculta o derradeiro suspiro
Do átimo lacrimal.
Não se sabe quantos pesares
De mágoas
Podem caber
Nessa gota enigmática,
Guardada a secúlos
nos recônditos da alma.
A face ,
essa máscara de cera,
que cultua o silêncio,
ignora a súplica ,
e aguarda
inerte
a patética mímica do enfático sorriso.


(Gilberto Felinto)


voltar última atualização: 10/05/2017
16062 visitas desde 19/04/2011

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente