A ESFINGE SUBMERSA
Que segredos guarda submersa a esfinge ...
soletra-me
indeléveis traços
marcas em mim
sinistras cicatrizes de tua fome
entoa a fúria de teu canto
ateia luz no olhar de íris aflitas
esvoaçante nado
me condensa
rio de nuvens incontidas
ritmo que consola
e acasala
língua que desenha
tímida vertigem
no esboço do corpo
traços de febre e de torpor.
(Gilberto Felinto)
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