A Garganta da Serpente

Gilberto Felinto

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A ESFINGE SUBMERSA

Que segredos guarda submersa a esfinge ...

soletra-me
indeléveis traços

marcas em mim
sinistras cicatrizes de tua fome

entoa a fúria de teu canto

ateia luz no olhar de íris aflitas

esvoaçante nado
me condensa
rio de nuvens incontidas

ritmo que consola
e acasala

língua que desenha
tímida vertigem
no esboço do corpo

traços de febre e de torpor.


(Gilberto Felinto)


voltar última atualização: 10/05/2017
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