A Garganta da Serpente

Gilberto Felinto

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

A ASA DISFORME

Minhas letras
cavoucam na linha
o sonho tênue
e o sono intriga

tintas dilatam paisagens
e a torre tingem
a sangria das cores

Mãos esculturam no corpo
a asa disforme
e eu nada vôo

Flautas me tocam silêncio
eu ensurdeço

Vozes me encalham nas vísceras
e recomeço

Tosco vazio me emerge
jorra-me gritos

Ser que se arrasta por dentro
eu poesia.


(Gilberto Felinto)


voltar última atualização: 10/05/2017
16045 visitas desde 19/04/2011

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente