A Garganta da Serpente

Gilberto Felinto

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

ESTERTORES DA TARDE

Um abissal oceano
De desejos
Inunda
O assoalho pélvico.
Um cardume de piranhas
Sequiosas
Acesas
Devoram os últimos pudores.
O balé das ancas
Escarnam a derme.
Uma sinfonia
De humores febris
Sorvem
Os estertores da tarde
E dormem em silêncio.


(Gilberto Felinto)


voltar última atualização: 10/05/2017
16044 visitas desde 19/04/2011

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente