A Garganta da Serpente

Giulia Dummont

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Ao Sabor das Ondas

Ao longe balançava a balsa
ao sabor das ondas do mar.
As espumas embalavam a valsa
dos nossos pés na praia a dançar.

Tão unidos num celeste encanto,
vozes como cantos de sereia,
juravas eterno amor enquanto
versos eu escrevia na areia.

Louvando esse amor de madrepérola
rimas brotavam como múltiplas flores,
que o mar recolhia em pérolas
guardadas em conchas de mil cores.

Tudo passou, tudo findou. E agora
se à beira do mar divagas
ouvirás no som do mar, que chora,
teu nome no embalo das vagas.

São os versos meus, que em rondas
ecoam longe, de angra em angra,
carregados pelos suspiros das ondas,
como suspira meu coração que sangra.


(Giulia Dummont)


voltar última atualização: 26/03/2009
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