Alma em si
Meu coração um músculo.
Minha consciência é um vento imortal.
Meus sentidos são minhas rugas que adquiri ao longo do meu tempo aqui.
Eu sou a bússola do desconhecido.
A minha alma viril podem vagar, e num momento quebrar. Forte vigora minha alma,
o débil corpo quebra a timidez e o escrúpulo sobre uma ordem material
e despreza o fato de ser ma simples alma viril de um leito impuro.
Meu juiz, advogado é minha alma, que também é minha pianista,
afligem-se antes do tempo e marca minha sentença.
Nada mais cruel do que ter uma alma pianista, pois ela é pudor do meu
corpo, a incerteza de viver-me com minha alma pianista me deixa fraco, me faço
de cortesã para sustentar seus caprichos submeto-me a lei que ela mesma
fizeste, as leis que impus são inúteis! e enfraquece-me.
Sou escravo da lei da minha alma que com sua honra mim condena como se fosse
o vestido do tempo, a alma e o vestido do meu pensamento.
Deito não durmo. Minha alma que q eu leia para torná-la, mas sabia.
Toda loucura e frieza.
Se um dia tiver escolher entre mim e minha alma, escolher entre minha alma e
eu escolherei eu, pois, já mais poderei ser juiz da minha alma, a rotina
de viver com ela fazem rugas que foram cavadas no meu rosto por onde descem
as lagrimas que me torna fraco. E sincera minha alma olha minha solidão
como se fosse uma fonte de prazer, meu coração não bate
move-se, pois é um músculo que vive embalado pela melodia da minha
alma pianista, que se julga um oráculo com sua tribuna que é um
posto de honra, por isso julga que meu coração é insignificante.
Sobre a minha carne carrego o peso da minha alma vaidosa e dançarina
que tira de mim risos e choros que em palácio repouso, adormeço
e esqueço tudo; melhor ama-la esperando a vida ou morte. Do meu sono
nasce a sua inteligência que morre pela indolência, eu temo minha
alma, pois ela é muito hábil.
Penso nela lembro do décimo nono da sabedoria o silencio.
Os prazeres que tenho com meu coração de músculo tornam
insensata a melodia da minha alma pianista que transformei em difusão
musical. A beleza da minha alma não existe por ser uma beleza triste;
não é triste em si, pois a minha alma é arquiteta de mim.
(Gloria Nunes)
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