A Garganta da Serpente

Gloria Nunes

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Alma em si

Meu coração um músculo.
Minha consciência é um vento imortal.
Meus sentidos são minhas rugas que adquiri ao longo do meu tempo aqui. Eu sou a bússola do desconhecido.
A minha alma viril podem vagar, e num momento quebrar. Forte vigora minha alma, o débil corpo quebra a timidez e o escrúpulo sobre uma ordem material e despreza o fato de ser ma simples alma viril de um leito impuro.
Meu juiz, advogado é minha alma, que também é minha pianista, afligem-se antes do tempo e marca minha sentença.
Nada mais cruel do que ter uma alma pianista, pois ela é pudor do meu corpo, a incerteza de viver-me com minha alma pianista me deixa fraco, me faço de cortesã para sustentar seus caprichos submeto-me a lei que ela mesma fizeste, as leis que impus são inúteis! e enfraquece-me.
Sou escravo da lei da minha alma que com sua honra mim condena como se fosse o vestido do tempo, a alma e o vestido do meu pensamento.
Deito não durmo. Minha alma que q eu leia para torná-la, mas sabia.
Toda loucura e frieza.
Se um dia tiver escolher entre mim e minha alma, escolher entre minha alma e eu escolherei eu, pois, já mais poderei ser juiz da minha alma, a rotina de viver com ela fazem rugas que foram cavadas no meu rosto por onde descem as lagrimas que me torna fraco. E sincera minha alma olha minha solidão como se fosse uma fonte de prazer, meu coração não bate move-se, pois é um músculo que vive embalado pela melodia da minha alma pianista, que se julga um oráculo com sua tribuna que é um posto de honra, por isso julga que meu coração é insignificante.
Sobre a minha carne carrego o peso da minha alma vaidosa e dançarina que tira de mim risos e choros que em palácio repouso, adormeço e esqueço tudo; melhor ama-la esperando a vida ou morte. Do meu sono nasce a sua inteligência que morre pela indolência, eu temo minha alma, pois ela é muito hábil.
Penso nela lembro do décimo nono da sabedoria o silencio.
Os prazeres que tenho com meu coração de músculo tornam insensata a melodia da minha alma pianista que transformei em difusão musical. A beleza da minha alma não existe por ser uma beleza triste; não é triste em si, pois a minha alma é arquiteta de mim.


(Gloria Nunes)


voltar última atualização: 11/03/2008
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