A Garganta da Serpente

Gregório de Matos

Gregório de Matos e Guerra
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

1º SONETO A MARIA DOS POVOS

Discreta e formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo a qualquer hora
Em tuas faces a rosada Aurora,
Em teus olhos e boca o Sol e o dia,

Enquanto com gentil descortesia
O ar, que fresco Adônis te namora,
Te espalha a rica trança voadora
Quando vem passear-te pela fria,

Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trata a toda ligeireza,
E imprime em toda a flor sua pisada.

Oh não aguardes, que a madura idade,
Te converta essa flor, essa beleza,
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.


(Gregório de Matos)


voltar última atualização: 13/08/2010
11782 visitas desde 13/08/2010

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente