A Garganta da Serpente

Heldemarcio Ferreira

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

DESPEDIDA

Tenho um coração que sangra
Morrendo aos poucos de saudade
E uma imensa solidão me apanha
Sempre ao escurecer da tarde

Nenhuma dor é mais intensa
Que a de perder a quem se ama
Nada mais na vida compensa
A agonia de ser sem esperança

A minha sina é ser assim
A vida me ensina a cada dia
Nunca nada foi fácil para mim
Quisera eu saber a alegria

Os anos passam pela janela
Por onde vejo tudo o que perdi
Toda a beleza do sorriso dela
Do qual jamais me esqueci

Eu sei que tudo isso é triste
Como são dias e noites vazios
E essa lembrança que resiste
Em meu corpo em calafrios

No desespero do meu desejo
Dentro de mim agora e sempre
Ainda que distante eu a vejo
Quem sabe noutra vida diferente

Adeus meu grande amor eterno
Que sejas tudo o que mereces
Enquanto eu sofro nesse inferno
Todos os dias em que me esqueces.


(Heldemarcio Ferreira)


voltar última atualização: 25/03/2010
16289 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente