ESSÊNCIA

Meu pensar nunca me engana
Pois minha mente não se profana
Ante as “facilidades” de consumo
Faço um poema, de certo maldito
Que comovente, embora mal escrito
Revela a essência do que assumo
Pois não adianta me fi ngir “feliz”
Fazer aquilo que nada me diz
É no silêncio que apareço e sumo

Meu cantar não se completa
Pois a minha alma de poeta
Busca o “algo” mais profundo
Por isso, essa solidão constante
Que me preserva bem distante
Das cousas vãs que há no mundo
Sigo vida a dentro, mundo a fora
Com a única certeza do agora
Viver é “saber” cada segundo.

(Heldemarcio Ferreira)