Grand Prix
Seria ridículo,
De lanterna à mão
Sair à procura de justiça.
Desista amigo
Justiça não se acha no mundo
E tua lanterna é fraca
Portanto seria ridículo
Essa igualdade
Fica bem em bandeiras
É um sonho maquinado
Na casa dos loucos
Degredados.
O sonho do menino pelado
É um carro que seja um carro e
O do homem do carro
É um carro que seja mais que um carro
Que seja como um carro que não é um carro.
O íntimo valor das coisas ansiadas
É que sejam desejos
Não mais desejados
Mas isso é impossível
Ao menino pelado
Ao homem do carro.
(Hermanno Guimarães)
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