A Garganta da Serpente

Isabella Krhaus

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DE LONGE... POESIA

Não!
Não é poesia,
muito menos arte de manipular palavras.
É apenas tormento.
Tormento de cobra criada.

Mulher, sensual, pura vaidade.

Uma rocha no dia a dia,
seda durante a noite,
quente como sol.
Isso é poesia!
Poder!
Paixão!
Sexo!

Venenosa!
Por ela o Império dos anjos caiu.
Por ela ele sentiu seu coração arder em chamas.
Um pobre amante,
um escravo,
perdido e consumido em seu próprio amor.
Quando o silêncio desperta,
pobre homem,
são as lágrimas a sua companhia.
Viver por ela,
Mulher cruel e sedutora.
Homem fantoche.
Sua dor é som de piano antigo,
velho, triste, confuso.

Satisfação nos olhos dela é apenas loucura.
E no silêncio do momento doce ternura...
Mistério, palavra Amor.
É apenas tormento.
Tormento de cobra criada.

E de todo o amor que era meu,
o que perdi foi o que eu deixei escapar.
Eu perdi!
Fui demônio,
permaneci calada na dor.
Entreguei-me à loucura,
e o Império caiu com a minha razão.
Um amor que deixei escapar de minhas mãos.
Inconseqüente.

Não é poesia,
muito menos arte de manipular palavras.
É apenas tormento.
Tormento de cobra criada.


(Isabella Krhaus)


voltar última atualização: 26/12/2007
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