DE LONGE... POESIA
Não!
Não é poesia,
muito menos arte de manipular palavras.
É apenas tormento.
Tormento de cobra criada.
Mulher, sensual, pura vaidade.
Uma rocha no dia a dia,
seda durante a noite,
quente como sol.
Isso é poesia!
Poder!
Paixão!
Sexo!
Venenosa!
Por ela o Império dos anjos caiu.
Por ela ele sentiu seu coração arder em chamas.
Um pobre amante,
um escravo,
perdido e consumido em seu próprio amor.
Quando o silêncio desperta,
pobre homem,
são as lágrimas a sua companhia.
Viver por ela,
Mulher cruel e sedutora.
Homem fantoche.
Sua dor é som de piano antigo,
velho, triste, confuso.
Satisfação nos olhos dela é apenas loucura.
E no silêncio do momento doce ternura...
Mistério, palavra Amor.
É apenas tormento.
Tormento de cobra criada.
E de todo o amor que era meu,
o que perdi foi o que eu deixei escapar.
Eu perdi!
Fui demônio,
permaneci calada na dor.
Entreguei-me à loucura,
e o Império caiu com a minha razão.
Um amor que deixei escapar de minhas mãos.
Inconseqüente.
Não é poesia,
muito menos arte de manipular palavras.
É apenas tormento.
Tormento de cobra criada.
(Isabella Krhaus)
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