A Garganta da Serpente

Isabella Krhaus

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EU CORPO

O meu corpo é feito de pedacinhos de poesia.
São restos de sentimentos
Restos de choro contido.
O meu corpo é um rabisco em papel amassado.

Eu sou tinta negra escorrida na parede.
Eu sou sangue em agulha de costura.
Eu sou uma mancha em camisa branca.
Eu sou um animal morrendo de sede.
Eu sou uma criança com medo do escuro.

Sou a poesia oculta no instante.
Sou as trevas eternas em face serena.

O meu corpo é um pedacinho de tragédia
Que eu reúno em poesia maldita.


(Isabella Krhaus)


voltar última atualização: 26/12/2007
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