A Garganta da Serpente

Jacaré K

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Brilho

Grana.
Velocidade, rosto lindo, veia mutilada
Roupa rasgada, expressão patética, corpo mutilado
Sem dor, sem vida,
a noite respira colorida no corpo da beleza prostituída
pelo brilho do mel... na carne

Becos e favelas, encravadas
na cabeça dos malucos perdidos,
azul crinado...
A grana corre solta nos becos,
nas ruas onde o asfalto ensangüentado transpira
na alma do preto fissurado pelo branco... na carne

Mesclado... à realidade do mundo
o tempo fecha: tiro e porrada,
sangue e propina, polindo o brilho da noite,
fazendo reluzir o riso da loura... gelada

A noite silencia-se. Chove..
nos olhos da criança quase morta
pela fome... da carne, do mal.


(Jacaré K)


voltar última atualização: 10/01/2006
7644 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente