Soneto a Manuel Bandeira
Palavras mágicas saíram de sua boca
soaram forte entre seus grandes dentes
saíram alegres, saíram fortes, saíram loucas
encantando o mundo, encantando sua gente.
De Recife saiu pelo o mundo com a vida inda fosca
andou toda vida com a sombra da morte rente
a o seu corpo, a o seu destino martírio de poucas
e tantas palavras, e tantas imaginações carente.
Homem de tanta sabedoria, poeta de tanta filosofia,
inspiração, tristeza e alegria. Só ele próprio não
previu
que o mau destino seria o sucesso de sua poesia.
A morte a todo momento agitando o laço de sua agonia
não supriu toda a magia, beleza e sensualidade sutil
que revelava em cada poesia um bandeira de boa fisionomia.
(Janio Lima)
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